segunda-feira, abril 25, 2005

10 anos de Dogma 2

É verdade, João Vaz, o Dogma 95 faz uma decadazita este ano. Mais precisamente, o Manifesto e o Voto de Castidade, onde se enunciam os famosos 10 Mandamentos do movimento, foram escritos a 13 de Março de 1995 e anunciados à Dinamarca num press-release no dia seguinte, sendo que o resto do mundo saberia da novidade em 22 de Março de 1995, num simpósio do Teatro Odeon, em Paris, em que von Trier atirou para a assistência panfletos vermelhos que continham esses textos seminais. Por outro lado, e este não é um facto muito conhecido, o Dogma teve um fim oficial em Junho de 2002, data em que o Secretariado anunciou publicamente que não emitiria mais certificados.

Para "celebrar" a data, decidi publicar aqui, na Internet, um trabalho que fiz em 2001 sobre a relação entre o Dogma 95 e a Nova Vaga. Já andava para fazer isto há algum tempo, principalmente a partir da altura em que muita gente que conheço (principalmente alunos do curso que tu tiraste, João Vaz) o aproveitou como bibliografia, ou seja, desde que percebi que podia haver quem o considerasse útil. É um texto simples, feito com as limitações normais e os defeitos correntes de um trabalho de semestre e, agora, já um pouco datado. Por isso, para quem quiser ler algo mais aprofundado sobre o tema, aconselho "Dogme Uncut: Lars von Trier, Thomas Vinterberg, and the Gang That Took on Hollywood", de Jack Stevenson.

Quanto ao meu trabalho, ele está licenciado por esta Licença Creative Commons, por isso, deixo aqui este ícone.
Licença Creative Commons

domingo, abril 24, 2005

"Probably the most amazing factoids about 405 are that it wasn't created by an army of special-effects artists, it didn't take years to complete, and it did not cost a million dollars, that's alot really."

Às tantas, compensa navegar meio às cegas pelo ifilm. Dois minutos de grande amadorismo.

quinta-feira, abril 21, 2005

Em tempo de Papas

Poderemos recordar dois momentos cinematográficos de eleições papais.

A primeira com a eleição fictícia de Kiril Lakota como Kiril I, em As Sandálias do Pescador. O filme continha um desempenho muito interessante de Anthony Quinn e outra excelente de Laurence Olivier. De notar ainda a curiosidade de Vittorio de Sica como Cardeal Rinaldi. Ainda hoje há quem diga que esse filme anteviu a chegada de João Paulo II enquanto que outros dirão que foi feito tendo em vista João XXIII. Inútil a discussão, na minha memória fica essencialmente Kiril Lakota, em pleno convlave, a correr de cardeal para cardeal, rogando-lhes que não votem nele, enquanto cada um deles recorre ao seu direito de proclamar o seu candidato

- Aceito!... e que Deus tenha piedade de mim...

Outro está presente n'O Padrinho III, com a eleição semi-fictícia de João Paulo I. O Cardeal Lamberto - na realidade o nome de João Paulo I era Luciani - olha aos céus depois de proclamada a sua vitória, sorrindo, proclama que quer ser conhecido por João Paulo I. O resto da história nada tinha a ver com eleições papais, mas há momentos importantes da narrativa passados no Vaticano. Sobrepõe-se às outras o diálogo entre o Cardeal Lamberto e Michael Corleone, em que este se confessa pela primeira vez em anos.

- Senhor, iluminai esta decisão que tomaram por mim...

sexta-feira, abril 15, 2005

agradecimento

A Celia foi novamente a cinéfila boa samaritana que, desta vez, me ajudou a conseguir o "Story". A Cecília é professora e, em tudo o que faz, demonstra-o - não desiste de permitir a partilha de conhecimento quando o pode fazer, o que é raro, e fá-lo com uma generosidade imensa. Muito obrigado, Cecília, e muito obrigado à Joana Cunha Ferreira, que também respondeu ao pedido.