Teremos polémica?
Os comentários ao post anterior (principalmente o teu, J.Vaz) levam-me a dizer algo sobre "O Despertar da Mente" que me tem ficado a fermentar na cabeça desde que o vi há alguns dias. Chegado o filme a meio, principalmente ao momento em que Frodo e Ruffalo (sim, eu sei, mas não soa tão bem?...) estão a intervir na mente de Jim Carrey - e em que, quanto a mim, se revela exactamente a direcção que o filme seguiria, especialmente quando vemos a praia do primeiro encontro - parece que se entra numa espécie de modo de "eliminação de memórias" em que pouco se vai acrescentando. Ou seja, pareceu-me que o filme armou a sua própria armadilha, da qual só se consegue soltar na penúltima cena, MESMO na penúltima cena, quando, de um momento para o outro, Carrey desce as escadas e propõe um pacto de "que se lixe" com a Winslet. Ora, para além da curiosidade (e se Carrey não tivesse descido as escadas e a separação fosse inevitável? não teríamos aí um belíssimo conto moral?), há ali algo de "happy ending ex machina" e uma data de palha que não me interessa tanto como ver aqueles fabuloso actores, principalmente Carrey, o único homem que consegue passar do "overacting" para o "underacting" enquanto a Academia esfrega um olho. Só não vou dizer qual é o olho que a Academia esfrega porque este ainda é um blog sério.
<< Home