Vamos curtir para a Europa?
Foi a pergunta que Steven Soderbergh terá feito a Brad Pitt, George Clooney, Julia Roberts, Matt Damon... bem, vocês sabem quem mais. A ideia parece ter sido mesmo divertirem-se juntos. A parte de fazer um filme foi apenas o pretexto. O filme torna-se desconexo por isso mesmo mas não faz mal. Afinal de contas é o que menos interessa e assim sempre temos o melhor não-filme dos últimos anos: Ocean's Twelve.
A premissa é simples: depois do golpe de Las Vegas, o implacável Terry Benedict encontra o bando de Danny Ocean (que aqui se chama Miguel Diaz) e exige a restituição do dinheiro roubado acrescido de juros. Dado o sucesso que o grupo tem, já não lhes resta mais nenhum sítio para trabalharem nos EUA. Resultado? Vamos para a Europa. Tudo isto é conhecido para quem viu o trailer e não estrago nada a ninguém. Como o filme ainda não estreou em Portugal, segue apenas um conjunto de comentários desconexos, como o filme. Não que fosse possível estragar o enredo porque este não existe de todo, mas fica o cuidado.
Comecemos. Temos então o casal Clooney-Roberts que comemoram o segundo terceiro aniversário (sim, é mesmo "segundo terceiro", não é gralha). Temos Pitt a perder mais dinheiro que aquele que fez com o golpe, tudo por causa de um hotel. Temos a personagem de Julia Roberts a desempenhar um pequeno papel no golpe, tudo devido à sua semelhança com uma celebridade... Não digo qual, mas digo que Bruce Willis surge no filme a fazer de si próprio e que conhece esta celebridade (real) que Julia Roberts acaba por representar. Temos Vincent Cassel a fazer um papel que poderia ser de Arsène Lupin. Catherine Zeta-Jones a fazer de filha de um ladrão que é agente da interpol e que está (ainda) apaixonada por Brad Pitt que é um ladrão. Temos ainda a mãe da personagem de Matt Damon a surgir para salvar o filho e restante quadrilha. Temos uma competição para roubar o principal prémio do mundo patrocinada pelo maior ladrão do mundo. Temos ainda, pelo meio, a equipa de futebol do Arsenal a fazer uma aprição. Por fim temos um passeio por diversas localizações europeias (Amesterdão não é a única cidade). Temos, portanto, fun e muita....
A história torna-se então secundária. É mais interessante ver os diálogos quase nunca terminados entre Clooney e Pitt, as tentativas de Damon de ser mais proeminente, os tiques de algumas outras personagens como a de Bernie Mac, o jogo de gato e do rato de Catherine Zeta-Jones e Brad Pitt, a identificação de locais visitados, a dança de acrobacias espantosamente realizada por Cassel, o jogo de enganos que toda a gente protagoniza, a forma como o filme não faz sentido em momento nenhum a não ser no final quando Soderbergh decide ser sério por uns momentos e coloca tudo em ordem para bem do espectador, etc, etc, etc. O filme não vale pelo argumento, vale antes pelo gozo que os actores e o realizador tiveram e que fazem sentir quem vê o resultado final. Se Ocean's Eleven foi champanhe, em Ocean's Twelve abriu-se a garrafeira a toda a gente ao mesmo tempo que se distribuíam uns charrinhos para acompanhar.
Conclusão: o filme é para ser visto. Mas sem espectativas. Não é uma obra prima, não exige continuidade de raciocínio e é para ser absorvido com prazer, nada mais. Vejam e gozem. Não dá para mais, mas dificilmente poderia dar para menos.
A premissa é simples: depois do golpe de Las Vegas, o implacável Terry Benedict encontra o bando de Danny Ocean (que aqui se chama Miguel Diaz) e exige a restituição do dinheiro roubado acrescido de juros. Dado o sucesso que o grupo tem, já não lhes resta mais nenhum sítio para trabalharem nos EUA. Resultado? Vamos para a Europa. Tudo isto é conhecido para quem viu o trailer e não estrago nada a ninguém. Como o filme ainda não estreou em Portugal, segue apenas um conjunto de comentários desconexos, como o filme. Não que fosse possível estragar o enredo porque este não existe de todo, mas fica o cuidado.
Comecemos. Temos então o casal Clooney-Roberts que comemoram o segundo terceiro aniversário (sim, é mesmo "segundo terceiro", não é gralha). Temos Pitt a perder mais dinheiro que aquele que fez com o golpe, tudo por causa de um hotel. Temos a personagem de Julia Roberts a desempenhar um pequeno papel no golpe, tudo devido à sua semelhança com uma celebridade... Não digo qual, mas digo que Bruce Willis surge no filme a fazer de si próprio e que conhece esta celebridade (real) que Julia Roberts acaba por representar. Temos Vincent Cassel a fazer um papel que poderia ser de Arsène Lupin. Catherine Zeta-Jones a fazer de filha de um ladrão que é agente da interpol e que está (ainda) apaixonada por Brad Pitt que é um ladrão. Temos ainda a mãe da personagem de Matt Damon a surgir para salvar o filho e restante quadrilha. Temos uma competição para roubar o principal prémio do mundo patrocinada pelo maior ladrão do mundo. Temos ainda, pelo meio, a equipa de futebol do Arsenal a fazer uma aprição. Por fim temos um passeio por diversas localizações europeias (Amesterdão não é a única cidade). Temos, portanto, fun e muita....
A história torna-se então secundária. É mais interessante ver os diálogos quase nunca terminados entre Clooney e Pitt, as tentativas de Damon de ser mais proeminente, os tiques de algumas outras personagens como a de Bernie Mac, o jogo de gato e do rato de Catherine Zeta-Jones e Brad Pitt, a identificação de locais visitados, a dança de acrobacias espantosamente realizada por Cassel, o jogo de enganos que toda a gente protagoniza, a forma como o filme não faz sentido em momento nenhum a não ser no final quando Soderbergh decide ser sério por uns momentos e coloca tudo em ordem para bem do espectador, etc, etc, etc. O filme não vale pelo argumento, vale antes pelo gozo que os actores e o realizador tiveram e que fazem sentir quem vê o resultado final. Se Ocean's Eleven foi champanhe, em Ocean's Twelve abriu-se a garrafeira a toda a gente ao mesmo tempo que se distribuíam uns charrinhos para acompanhar.
Conclusão: o filme é para ser visto. Mas sem espectativas. Não é uma obra prima, não exige continuidade de raciocínio e é para ser absorvido com prazer, nada mais. Vejam e gozem. Não dá para mais, mas dificilmente poderia dar para menos.
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